Ontem, quinta-feira (09/05), a Argentina amanheceu paralisada. Não circularam ônibus, nem trens, nem metrôs, caminhões e aviões. Se circulassem, não teriam onde abastecer, já que os postos de gasolina não funcionaram.
A Confederação Geral do Trabalho (CGT) convocou uma greve contra o ajuste fiscal, as privatizações e para pressionar o Senado a rejeitar a reforma trabalhista.
Bancos, escolas, lojas, supermercados estão na lista dos que aderiram à greve. Até mesmo os trabalhadores dos espetáculos pararam, suspendendo as sessões de cinema e de teatro. Nos hospitais, apenas serviços de emergência funcionaram.
Com apenas cinco meses de governo, Javier Milei enfrentou, assim, sua segunda greve geral. A primeira, em 24 de janeiro, fez dele o presidente argentino que mais rápido sofreu uma paralisação.
O porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, alegou que havia intencionalidade política dos sindicatos contra um governo que não é peronista e advertiu que os servidores que fizessem greve teriam o dia descontado do pagamento.
Os principais representantes da Central Geral dos Trabalhadores (CGT) na Argentina avaliaram que a segunda greve geral deste ano nesta quinta-feira (9), no quinto mês do governo de Javier Milei, atingiu seus objetivos. “A greve os machucou”, disse Pablo Moyano, dirigente da CGT que representa os caminhoneiros. Ele afirmou que a CGT manterá o plano de luta “com maior vigor”, caso o governo Milei mantenha as medidas de arrocho contra os trabalhadores.
