Milhares de ativistas feministas e da diversidade sexual se mobilizaram na tarde de segunda-feira (13/05) no bairro de Barracas, em Buenos Aires, para exigir justiça para Paula, Roxana e Andrea, as três mulheres lésbicas assassinadas no contexto de um crime de ódio incendiário que tem uma quarta vítima em recuperação, com o slogan “Não é liberdade, é ódio” e “Foi lesbocídio, o Estado é responsável”.
“Foi um triplo lesbocídio, foi um massacre. Atearam fogo nas lésbicas, eles atearam fogo nas lésbicas pobres. Incendiaram as lésbicas pobres que faziam comunidade, que faziam refúgio. Eles as incendiaram por não serem funcionais ao sistema cisheteropatriarcal. Eles as incendiaram com uma bomba enquanto dormiam", disse Jesi Hernández, membro do coletivo Lesbianxs Autoconvocadxs por Barracas.
“Esse crime de ódio foi agravado pelas condições precárias de moradia em que as garotas - Pamela, Andrea, Roxana e Sofi - estavam vivendo, pela ausência de políticas públicas diante da crise habitacional”, acrescentou.
A ativista também ressaltou que “a promoção e reprodução do discurso de ódio pelo governo” destaca a responsabilidade do Estado nesse sentido, porque “esse discurso não é gratuito ou inofensivo, ele tira nossas vidas”.
Uma quarta vítima do ataque continua internada, em estado reservado.
