O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou com orgulho, perante os empresários reunidos na conferência AmCham, semana passada aqui, em Buenos Aires, a demissão de 70 mil trabalhadores. Desse total, disse o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, pretende-se despedir entre 20 e 30%, ou seja, entre 15 mil e 21 mil.
De acordo com uma pesquisa da ATE, a Associação dos Trabalhadores do Estado, na noite de sexta-feira, dia 29, havia sete mil trabalhadores que foram formalmente notificados de alguma forma do seu desligamento (através de email ou telegramas). Somando as notificações informais, o número sobe para dez mil.
As demissões alcançam a todas as áreas do estado federal, e afetam servidores de pouca e longa antiguidade nas suas funções.
Na manhã desta quarta-feira (03/04), milhares de funcionários do Estado argentino demitidos vão tentar regressar ao trabalho de forma coordenada. É a medida que a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) decidiu fazer face a um número ainda indeterminado de trabalhadores cujos contratos não foram renovados a partir de primeiro de abril.
O Presidente Milei e o Chefe da Casa Civil, Nicolás Posse, já assinaram o decreto 286/24 pelo qual estabelecem que os contratos só podem ser renovados por mais três meses. Assim, uma nova onda de demissões poderá ocorrer em junho.
