O Conselho Executivo da CGT decidiu na quinta-feira (11/04) realizar uma greve geral em 9 de maio e convocar uma mobilização para a Praça de Maio a ser realizada em 1º de maio, quando se comemora o Dia Internacional dos Trabalhadores.
Além disso, a central sindical decidiu apoiar o protesto universitário, convocado pelos sindicatos docentes e por todas as universidades federais do país em 23 de abril, para exigir um orçamento que inclua a atualização com base na inflação interanual. Por decisão do atual presidente ultraliberal, Javier Milei, as instituições públicas de ensino superior do país não tiveram orçamento aprovado para 2024, e estão funcionando com os mesmo recursos outorgados de 2023. Porém, a inflação interanual medida de março 2023 a março 2024 é de mais de 250%. Os reitores das universidades federais já avisaram que os fundos recebidos só alcançarão até meados de ano e, mesmo assim, com graves deficiências em diversas áreas de funcionamento.
A decisão da organização sindical mais importante do país ocorreu um dia após a reunião dos representantes sindicais, na Casa Rosada, com o chefe de gabinete de ministros, Nicolás Posse, e o ministro do Interior, Guillermo Franco.
No encontro, as autoridades do Poder Executivo, liderado pelo presidente Javier Milei, informaram sobre o conteúdo do capítulo trabalhista do novo projeto da “Lei Bases”, cuja aprovação o governo está negociando no Congresso.
A recusa do governo em homologar os acordos que o Sindicato dos Motoristas de Caminhão fez com as câmaras empresariais do setor, além das demissões em massa em vários órgãos estatais, endureceu a posição da central sindical dos trabalhadores argentinos.
