O histórico julgamento oral pela verdade sobre o Massacre de Napalpí, na província de Chaco, culminou nessa quinta-feira (19/05) com a sentença que determinou "como fato comprovado que o Estado nacional foi responsável pelos crimes de homicídio agravado e redução à servidão como crimes contra a humanidade cometidos no contexto de um processo de genocídio de povos indígenas".
Uma série de medidas de reparação também foram ordenadas, incluindo a continuação do trabalho da Equipe de Antropologia Forense Argentina na área para delimitar a localização de fossas comuns e a construção de um memorial no edifício que foi a sede da administração da Redução de Napalpí.
"Massacre de Napalpí" é o nome dado ao assassinato de mais de 400 membros das etnias Qom e Moqoit pelas forças estatais, latifundiários e colonos do então território nacional de Chaco, no norte da Argentina, em 19 de julho de 1924.
Este é o primeiro Julgamento pela Verdade por crimes contra a humanidade sofridos por uma comunidade indígena a ser realizado na Argentina, quase cem anos após os eventos.
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