Histórica defensora dos direitos humanos RAE ARGENTINA AO MUNDO

Tristeza pela morte de Syra Franconetti

Defensora dos direitos humanos e membro histórico de entidades de defesa dos ddhh da Argentina, Syra Mercedes Villalaín de Franconetti morreu na quarta-feira (8/2) aos 96 anos de idade.

"Despedimo-nos com imensa tristeza de Syra Franconetti, uma lutadora e ativista histórica pelos direitos humanos, e mãe de Eduardo, Ana Maria e Adriana, que ainda estão desaparecidos", informou a Secretaria dos Direitos Humanos na mesma quarta-feira.

 

 

 

 

 

 

Murió Syra Franconetti

 

Syra Franconetti recebeu em 2021 o "Prêmio Juana Azurduy pela luta em defesa dos direitos humanos", uma distinção do Estado argentino em reconhecimento à trajetória de luta e compromisso das Avós e Mães da Plaza de Mayo.

Syra teve três de seus sete filhos desaparecidos pela ditadura. O mais jovem deles, Eduardo Álvaro, foi sequestrado de sua casa em Floresta na madrugada de 17 de fevereiro de 1977, junto com seu pai, Eduardo Franconetti.

Ambos foram levados para o centro de detenção clandestino "El Atlético". Algumas horas depois, sua filha Ana María também foi sequestrada e seu marido foi solto, quem morreu um mês depois.

Em setembro do mesmo ano outra filha, Adriana, foi sequestrada junto com seu marido, Jorge Donato Calvo, quando eles estavam entrando no cinema Ritz no bairro de Belgrano aqui em Bs As.

Desde então, e por mais de 40 anos, Syra Franconetti tem procurado incansavelmente, investigado e compilado dados para encontrar verdade e justiça junto com organizações de direitos humanos e familiares daqueles que desapareceram durante a última ditadura civil-militar.